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A mostrar mensagens de 2021

10 de Dezembro - Dia dos Direitos Humanos

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Na data de hoje podia citar imensos autores sobre os direitos humanos. Também podia escrever que vivemos num Mundo que continua a não valorizar os direitos humanos e que vive diariamente na base do egoísmo e do individualismo. Mas penso que é mais importante, acreditar que todos os dias podemos em nossa casa, com a nossa família, amigos e vizinhos lutar pelos Direitos Humanos. Aliás explicando mesmo aos mais pequeninos a importância desde dia na nossa historia e na nossa vida. Fica um exemplo de um vídeo que pode ajudar as crianças a entender a importância dos direitos humanos: Direito a sonhar, também é um direito humano. E eu continuo a assumir-me uma utópica Bj utopico Dri

O casamento é um estado acessório ?

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“Hoje em dia, os ideais de realização pessoal que cada um vorazmente persegue secundarizaram o casamento. O casamento é um estado acessório que todos retardamos. As pessoas continuam a casar-se numa ou noutra altura da vida, mostrando que a normatividade social do casamento se mantém. O que foi desaparecendo foi a ideia do casamento como uma âncora individual, a estrutura estável onde as paixões e os impulsos de cada um se domesticam. A felicidade passou a depender de uma espécie de emotivismo permanente, desligado de regras e compromissos duradouros.” -  Pedro Lomba - (Diário de Notícias, 10 Julho 2008).  O extrato do artigo é do ano de 2008, mas na minha perspetiva continua extremamente atual. No entanto, há dias que nos cruzamos em consulta com pessoas que amam para toda a vida e não se resignam a renunciar a esse casamento ou a esse amor, mesmo quando o outro diz não.  E aí surge a dificuldade, como é que dizemos a esta mulher que não adianta manter à "força" o casamento

Ana Lee….

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Os dias de Outono são um híbrido temporal : dias frios , dias quentes, dias amenos … Mas apesar do calor que aqueceu a manhã numa esplanada num domingo , na noite o ritual do chá começa a instalar-se .  E agora deitada no sofá a olhar para o céu e a beber o meu chá , lembrei da música dos GNR: eu bebi sem cerimónia o chá ….  E na verdade “ o ópio do povo” são as amizades e as consequências das mesmas: os momentos em que as gargalhadas ecoam , os momentos em que damos os abraços que temos em lista de espera , o momento em que vemos os nossos filhos juntos , o momento em que vale a pena ter saudade …. Vou continuar a beber o chá, a ouvir GNR e na esperança de ver uma estrela cadente. Bj utópico  Dri

Noites de Verão, noites de afectos, noite de direitos, noites de leituras...

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As leituras de Verão, por norma, são sempre leituras leves. Costumam ser leituras de romances eternos ou leituras de mistérios/detectives....No entanto, há quem fuja a regra, e leia incessantemente livros sobre os direitos dos menores e sobre a filosofia do direito.  Talvez estejam a pensar que seja uma fase, mas a verdade é que quanto mais leio sobre a essência desta construção que é o direito da família que me apaixono mais pelo direito. Como li h oje, num dos artigos que povoam a minha secretária,  a "A justiça e os afectos são construções da civilização" - António José Fialho.  Parei nesta frase e deixei-me reflectir sobre a mesma enquanto olhava para a noite do Porto onde escasseiam estrelas mas dançam os sonhos ao som da Fábia Rebordão e do seu rumo ao sul. E enquanto a melodia da Fábia Rebordão tocava em modo repeat no youtube, pensava que construção é que a nossa civilização quer construir quando diariamente se violam direitos humanos de tantas crianças, sendo o caso

El niño que no juega no es niño...............

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 Frases em que "tropeçamos": "El niño que no juega no es niño, pero el hombre que no juega perdió para siempre el niño que vivía en él y que le hará mucha falta." -  Pablo Neruda (1904-1973) poeta y escritor chileno, activista político. Bj utópico Dri

Viva la liberta

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Mais uma noite envolta das formalidades das normas APA da tese de Doutoramento. Aproveito para partilhar a beleza desta noite de verão enquanto o pc se desliga por hoje e termino o meu chá .  A noite está silenciosa . Cá em casa todos dormem . Música só mesmo nos AirPods.  Hoje acompanhei o meu trabalho com música de Jovanotti . Um músico italiano que conheci pelas mãos do meu marido no tempo de namoro mas que me tem fidelizado ao longo destes anos .  A sua discografia é vasta…..desde músicas mais calmas, a músicas de intervenção ou mesmo o som do pop italiano . No meu coração a música A Te terá sempre um lugar especial .  Mas enquanto bebo estes últimos goles bj de chá , não resisto a partilhar convosco a música : viva la liberta do jovanotti pois sem a liberdade quem somos nós ? O Jorge palma canta que a dependência é uma besta e a liberdade é uma maluca que sabe quanto vale um beijo . Talvez a liberdade seja o preço de um beijo, o preço de uma opinião , o preço de um amor  ou mesmo

O perigo de ter um diário na Sex/Life......

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"Sex/Life" estreou na plataforma Netflix a 25 de junho e rapidamente se tornou numa das séries mais vistas do momento na plataforma. Pode ler-se na sinopse da série que: " a história se centra numa espécie de triângulo amoroso focado na perspetiva da mulher onde a protagonista é uma mãe de dois filhos, dona de casa suburbana americana do Connecticut, que tem ficado cada vez mais aborrecida com a sua rotina e vida familiar com o marido". Desde o primeiro episódio que a protagonista , frustrada com a sua vida de dona de casa, vai escrevendo no computador um documento que intitula de diário. A verdade é que enquanto escreve, a protagonista relembra os tempos de solteira e os tempos em que a aventura e a adrenalina era o seu mote de vida com um jovem de nome Brad... Mas tudo se complica quando o marido têm acesso ao documento e o lê. Ou seja, nasce um triangulo entre a protagonista, o marido e o mundo de solteira da protagonista. A verdade é que sábado a noite, decidi c

Coincidências do dia da criança....

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É a madrugada do dia da criança e eu estou a terminar agora de escrever um recurso por violação do interesse superior do menor num processo de promoção e proteção de um menor..... Coincidência ou não, a esta hora as palavras já são escassas mas não resisto a partilhar uma música que nos remete para a essência de ser criança: Aquarela do Toquinho Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu Vai voando, contornando a imensa curva norte e sul Vou com ela, viajando, Havaí, Pequim ou Istambul Pinto um barco a vela branco, navegando, é tanto céu e mar num beijo azul (...) Feliz Dia da Criança a todos, eu amanha vou tentar voar com os meus lápis de cor.... Bj utópico Dri

Será que, na Primavera, há dias cinzentos?

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Há dias cinzentos... Há salas frias.... Há salas vazias com paredes brancas.... Há momentos em que o silêncio é ensurdecedor..... Há dias em que o olhar nos lê a alma....... Há momentos que a força de um abraço é a razão de viver.... Há dias em que nos cruzamos com a negligência.... Há dias em que nos cruzamos com a dura realidade de separar um filho de uma mãe... Há dias em que a imagem do sofrimento é uma presença.... Há dias em que o som agudo do choro de uma criança nos incomoda.... Há dias que ser advogado é ter uma pedra no lugar do coração.... Há dias que sentimos que aquela mãe só queria ter um momento no tempo..... Mas nesses dias também entendemos que a vontade de lutar do ser humano é infinita. E que aquela mãe lutará por ter no futuro vários momentos no tempo..... Por isso, nunca podemos deixar de acreditar no direito e que os dias cinzentos se podem transformar no arco-íris no prazo de 6 meses... Bj utópico Dri

O "voice laboral "

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Hoje o tema da aula  foi a formação de contratos de trabalho, trabalho por turnos, nocturno..... e todas as vicissitudes que tantas vezes se cruzam connosco na redação de um contrato de trabalho ou no vínculo que o sujeito tèm com a sua entidade patronal. Após escamotearmos os artigos do código de trabalho e todas as suas interlinhas, lançei para debate um vídeo denominado o voice laboral . O vídeo já tem seis anos, mas nos tempos que correm parece tão atual. Alias diria mesmo que todos os direitos sociais conquistados desde a Revolução Industrial até aos dias de hoje, caminham para o retrocesso de todas as lutas destes direitos conquistados e que sempre tentaram dignificar o trabalhador como ser humano. Neste momento global em que hoje vivemos (com esta pandemia) , o mundo do trabalho sofre diariamente uma permanente tensão para a adaptação de novas realidades sociais, organizativas e acima de tudo de competitividade. As empresas tentam responder aos dilemas da pandemia com novos méto

Será que Deus é pai? Será que pai é Deus?

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José Luís Peixoto, numa das suas obras, escreve que :  Se Deus é pai como eles dizem, então deixa-me contar-te um pouco do amor que Deus tem por ti: Deus acredita que o amor que sente por ti é maior do que ele próprio, Deus acredita que os lugares onde está não são todos porque tem a certeza de que o amor que sente por ti é maior do que todos esses lugares, Deus acredita que não sabe tudo porque o amor que sente por ti é maior do que tudo.  Nos poucos momentos momentos de descontração e leitura que tenho , cruzei-me com esta frase de José Luís Peixoto. Primeiro sublinhei-a. Depois fiquei a pensar no seu conteúdo enquanto saboreava o meu chá de menta. E na minha mente ecoava a interrogação: Será que Deus é pai? Será que pai é Deus? Hoje simbolicamente associamos este dia, ao dia do pai e novamente me assolou aquela dúvida: Será que Deus é pai? Será que pai é Deus? Será que devemos misturar este sentimento uno e fraterno por quem é responsável por 50 por cento do nosso material genético

Vilões vs Super Heróis

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Hoje, ao fim do dia, enquanto preparava um julgamento para o dia de amanhã, apercebi-me que o meu filho ouviu-me a ler as minhas notas. E quando levantei os olhos do papel perguntou: Mãe porque estás do lado dos vilões? Tu eras capaz de defender o Scar, a Ursula, o Lex Luthor, o Falcão Traça.......". Respirei....Inspirei......e em fracção de segundos expliquei-lhe que as vezes a vida é como nos desenhos animados há bons e maus, mas independentemente da acção todos temos direito a ter alguém que nos defenda.  O seu olhar intrigado e pensativo fixou em mim e continuou : mas eles são vilões? E onde estão as tuas armas?  E ai novamente lhe tentei explicar que tantas vezes as palavras são as melhores armas que podemos ter. Tentei dar-lhe exemplos com os desenhos que ele vê e como situações do dia a dia.... Mas lá no fundo ele olhava para mim e na sua inocência pensava tu defendes vilões..... No entanto, a simplicidade das palavras das crianças dão nos a força que tantas vezes necessita

A minha carta a Astor Piazzola

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Querido Astor Piazzola,  Deveria escrever-te esta carta no dia de ontem: o dia em que completarias 100 primaveras, se fosses vivo. Mas a verdade é que ontem,  o tempo voou como as notas que nos envolvem no "Libertango".   O dia foi correndo entre processos, artigos, adições, leituras, almoços, telefonemas como se vivesse dentro dessa partitura que é uma viagem sem fim e que brilhantemente me fez voar pela genialidade do dia.... No entanto no rescaldo da noite, já entre lençóis, lembrei-me que me esqueci de te escrever esta carta para te parabenizar. A importância de te parabenizar é muita por teres consolidado , para mim, a genialidade com a modernidade, com a delicadeza na forma em como nos brindaste com todas as tuas interpretações de forma tão intensas. Desde o Libertanto, a Milonga del Angel, ao Adios Nonino, ao Oblivion tem sido uma companhia em vários momentos da minha vida. Desde as noitadas a escrever a tese, desde os momentos a escrever peças processuais.... Sendo a

Mundo nos chama loucos ......

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Como canta o Matias Damásio: "o Mundo nos chama loucos.............". Agora eu tenho vontade de cantar: o mundo anda mesmo louco porque falamos sozinhos na rua, o mundo anda mesmo louco por vivemos para nós, o mundo anda mesmo louco porque todos os dias perdemos capacidade de socialização e perdemos a capacidade de resiliência e de raciocinar. Todos os dias no escritório vejo os processos de violência doméstica aumentar nas diversas faixas etárias.... E isto assusta-me! Qual o caminho que esta sociedade quer trilhar?   Neste processo, em cada um de nós é obrigado a refugiar-se em si e nas suas casas, apesar de estar inserido num coletivo, esperemos que quando surgir o desconfinamento apreciemos a oportunidade que nos dão para redefinir a nossa identidade, tanto nível emocional, profissional, simbólico como através do sentido de pertença a um coletivo, pela conquista de um papel ativo no nosso interior mas também do grupo de amigos, familiar e de trabalho com o qual nos ident

Tatuei a palavra Saudade.....

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No mês de Março faz um ano que descobri uma música que apelava à nossa paciência para os tempos de confinamento que vivíamos. Mas a verdade é que 2021 chegou e voltamos ao nosso 2º confinamento.  Voltamos a olhar para a rua pela janela sem sentir o cheiro da chuva na terra molhada ou sem ouvir os carros a passar.... Voltamos a viver entre tecnologias, voltamos a falar com os amigos por um ecrãn … Roubando-nos novamente este confinamento a possibilidade de dar aquele abraço que gostaríamos, de tomar um café com um amigo, de passear na marginal, de sentir o vento na face, de sentir o cheiro do mar ou simplesmente ir a um parque infantil com os nossos filhos. Diria mesmo que com este segundo confinamento, tatuamos na pele a palavra Saudade. Saudade dos tempos em que livremente riamos sem uma mascara , saímos com os amigos sem uma máscara , corríamos na areia sem uma máscara ou nos tocávamos sem ir a correr ao bolso em busca do frasco do gel desinfetante. A palavra Saudade ficará bem marca

Promessas.....

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Não vou escrever sobre promessas eleitorais............ Não vou escrever sobre promessas religiosas.......... Nunca gostei de fazer promessas, sempre receie não as cumprir não por falta de tempo ou de empenho mas por circunstancias externas que contribuíssem para o fracasso das mesmas. . Mas hoje quebrei e fiz uma promessa....... Vivemos novos tempos, vivemos tempos em que no mesmo espaço em que escrevo peças processuais, atendo telefonemas, dou aulas, vejo o meu filho a fazer adições  ou até a ler as primeiras frases e vejo o meu marido também a trabalhar. Voltamos ao mundo do ZOOM , ao mundo do teletrabalho, mas também a tempos onde o crescimento daqueles que nos rodeiam exige cada vez mais a nossa atenção.  A verdade é que apesar do lufa-lufa do dia a dia entre uma aula e outra, fazemos uma adição, fazemos um jogo em família ou conversamos mas o tempo voa. E às vezes faz-nos perder pequenos momentos, por isso hoje ao jantar, a pedido do mais novo (mas com subscrição do pai) fiz-lhe

O pós-eleições.......

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Porque hoje, depois de olhar para os resultados do distrito do Porto, só me apetece citar Almeida Garrett:  “Se nessa cidade há muito quem troque o B pelo V, há muito pouco quem troque a honra pela infâmia e a liberdade pela servidão” Vivemos novos tempos e a prova disso foram estas votações.... Urge repensar a nossa política, urge pensar como comunicar mas lá no fundo orgulha-me ser deste distrito e desta cidade onde não se troca a honra pela infâmia ou a liberdade pela servidão.... Bj utópico  Dri

As presidenciais num Jogo de Xadrez

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Estamos a dez dias da data da votação das Presidenciais. Anteontem quando via o debate na RTP com todos os candidatos ao cargo, pensei que a analogia perfeita seria um jogo de xadrez. Talvez sejam influencias da série Gambito de Dama da Netflix....Mas a verdade é que todos tentaram fazer cheque mate com a mesma peça: a Constituição como demonstração do amor a este País. Diria mesmo que só ouço falar tantas vezes da Constituição nas minhas aulas de Direitos Humanos, mas nas aulas a ideia é sensibilizar os alunos para a importância da nossa Constituição e os princípios que a mesma defende.  Nos debates não gosto de ver usar a Constituição como Bandeira....... Não gosto de ver a Constituição como uma peça de xadrez..... Não gosto de ver a Constituição como uma "arma" de campanha que depois todos esquecem quando almejam o pretendido.......... Talvez seja altura de aqueles que olham para a Constituição como a peça do Xeque-Mate, lerem com atenção a mesma começando logo pelo seu ar