A minha carta a Astor Piazzola

Querido Astor Piazzola, 

Deveria escrever-te esta carta no dia de ontem: o dia em que completarias 100 primaveras, se fosses vivo. Mas a verdade é que ontem,  o tempo voou como as notas que nos envolvem no "Libertango".  O dia foi correndo entre processos, artigos, adições, leituras, almoços, telefonemas como se vivesse dentro dessa partitura que é uma viagem sem fim e que brilhantemente me fez voar pela genialidade do dia....

No entanto no rescaldo da noite, já entre lençóis, lembrei-me que me esqueci de te escrever esta carta para te parabenizar. A importância de te parabenizar é muita por teres consolidado , para mim, a genialidade com a modernidade, com a delicadeza na forma em como nos brindaste com todas as tuas interpretações de forma tão intensas.

Desde o Libertanto, a Milonga del Angel, ao Adios Nonino, ao Oblivion tem sido uma companhia em vários momentos da minha vida. Desde as noitadas a escrever a tese, desde os momentos a escrever peças processuais.... Sendo a minha maior mágoa não ter entrado no dia do meu casamento na igreja ao som do Libertango...

Ainda não te apresentei ao Alexandre porque acho que ainda não será capaz de apreciar a tua genialidade. ainda não será capaz de fechar os olhos com a tua música a ecoar nos ouvidos e voar ate a Buenos Aires......

Prometo-te que um dia vou a Buenos Aires e deixarei ecoar o teu som pelas praças da Argentina.....

Parabéns Astor, pelos bons momentos que me proporcionas e pela inspiração que a tua música é.

Bj utópico

Dri


 

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