Um metro de tecido, se faz favor


Tive pena de não vos ter encontrado, ontem, na conferência sobre o Orçamento de Estado. Talvez tivesse sido útil a todos os que se intitulam de politicos(por vezes até só de bancada) perceber afinal em que consiste um orçamento.

Durante a conferência lembrei-me bastante das minhas aulas de Finanças Públicas mas algo que ficou a latejar no meu pensamento foi a questão do tecido. A esta hora estao a questionar-se mas o que tem a ver o tecido com o orçamento? Não estive na conferencia errada, quando me refiro ao tecido penso no tecido empresarial, social e economico que constituem a sociedade onde vivemos.

De acordo com o orador, o tecido empresarial, social e económico têm aumentado cada vez mais na zona de Lisboa. Logo aumenta a assimetria do interior para o litoral e faz com que cada vez mais seja dificil povoar o interior do pais.Concordo perfeitamente com a opinião dele mas no caminho para casa reflectia como solucionar isto: regionalização? poder local? poder central?

Sou a favor da regionalização mas acima de tudo penso que o problema se resolve se conseguirmos criar uma hierarquia ou um método eficaz:
1º temos de ter capacidade de mudar, de evoluir e de aceitar que para produzirmos riqueza precisamos de extrapolar o sistema que nos rege e criar um sistema que nos ajude a criar um Portugal integrado na Europa (nem que para isso seja preciso vender o ouro....)

2º Politica Local (a nivel local é preciso termos autarcas competentes e essencialmente rodeados por uma equipa que seja capaz de delinear um rumo para o futuro do seu concelho e não um "bando" de vereadores que so sabem fazer politica dos costumes)

3º Politica de Estado (que junte todos os esforços e crie directrizes a nivel nacional que permitam coordenar todo o sistema de forma justa e eficaz).

Em suma, talvez a regionalização permita resolver o problema das assimetrias mas hoje a regionalização já esta a ser implantada em cima da hora. Esta devia ter sido implantada há muito tempo e talvez assim hoje não teriamos problemas no tecido que constitui Portugal. Mas como não tenho nenhuma bola de cristal, só posso dizer que a assimetria regional dos tecidos do nosso país não é uma utopia.

Bjs utopicos
Dri

Comentários

Marta Rocha disse…
Se ao menos os tecelões deste país soubessem retalhar o tecido justa e equitativamente... O têxtil tem os dias contados, ou nos reproduzimos em massa, ou emigramos... Haja coragem política!
Luis Cirilo disse…
Realmente foi pena que numa conferência tão interessante como esta,proferida pelo Jorge Neto,não tenham estado mais pessoas.
Nomeadamente gente com responsabilidades de decisão politica a vários niveis.
Mas os tempos são estes e é com eles que temos de viver.
Não cabe num comentário sucinto aquilo que penso aceca da regionalização.
Dez anos atrás,aquando do referendo,fiz campanha pelo não.
Hoje,passado todo este tempo e tendo desempenhado vários cargos politicos nomeadamente em Lisboa,sou um regionalista convicto.
Conforme ontem disseram,quer o Jorge Neto quer a Manuela Aguiar,enquanto não houver poder legitimado a Norte toda esta região vai continuar a marcar passo e a atrasar-se perante a nmegalomonia lisboeta.
É importante que num tempo em que a questão volta a por-se,por mérito do PSD,não sejam mais uma vez os nortenhos a impossibilitarem algo que é vital para o seu desenvolvimento.
A ver vamos...
xana disse…
A regionalização não pode ser feita sem antes haver uma reflexão profunda.

A grande mais-valia será a redução das assimetrias, claro está, se vier a resultar, porque não nso podemos esquecer que a política tem destas coisas, e mais depressa assistiremos ao "faz e desfaz" do costume do que ao uma verdadeira postura de Estado de todos os partidos em prol de um bem comum.

É o costume...

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