Cresci com a música. Não apenas com os sons que vinham da rádio ou do walkman, mas com a música que o meu pai carrega dentro dele.
Ele tem o hábito de encher o silêncio com melodias, com acordes que entram pela sala, atravessam as paredes e se escondem na memória.
A música fez parte da minha infância e da minha adolescencia, mas sempre me acompanhou em todos os caminhos que percorro. E hoje esta ligação à musica atravessa gerações e idiomas com o meu filho e os meus sobrinhos.
Com a música hoje vejo um avô que oferece canções como quem oferece colo. E um neto que recebe notas musicais como quem recebe raízes. E, juntos, criam um espaço onde o tempo não para, porque o que vibra é eterno.
Talvez seja isso a música: um abraço que não conhece idade.
E quando o dia parece mudo, basta fechar os olhos para que alguma nota escondida desperte dentro de nós.
Bj utópico
Dri
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