Leitura Golda Meir

Comecei a ler A Minha Vida – Memórias de Golda Meir e senti que mergulhei na história de uma mulher que, contra todas as probabilidades, tornou-se a primeira-ministra de Israel e uma das figuras mais marcantes do século XX. 

Mas este livro não é apenas um relato político – é também um testemunho sobre o que significa ser mulher, ser mãe e navegar num mundo onde as decisões importantes, historicamente, sempre pertenceram aos homens.

Golda Meir não esconde os dilemas que enfrentou ao longo da vida. Desde cedo, sentiu que sua missão ia além das paredes de casa, mas isso não a poupou da culpa e do conflito interno de tantas mulheres que tentam equilibrar carreira e família. Ela menciona, em diversos momentos, as dificuldades de conciliar a vida política com a maternidade, o peso das ausências, e a complexidade de criar filhos enquanto se dedica a uma causa maior.

A leitura deste livro num contexto atual traz-me algumas reflexões. Ainda hoje, mulheres em diversas áreas enfrentam desafios semelhantes – a necessidade de se provar constantemente, o peso da maternidade versus a ambição profissional e a luta para serem ouvidas em espaços predominantemente masculinos. Golda Meir, com a sua história, oferece um exemplo de resiliência, coragem e compromisso com um propósito maior.

Talvez quando terminar a leitura do mesmo conclua que a maior lição deste livro seja que não existem caminhos fáceis para as mulheres que ousam sonhar grande. Mas Golda Meir mostra que, mesmo num mundo de homens, é possível deixar um legado que transcende o tempo.

Bj utopico

Dri

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