sábado, 17 de março de 2018

Humanidade, Humanitude, Justiça Terapêutica




"O homem é um ser social".... Repito esta frase diversas vezes na minha actividade de docência, mas a verdade é que o facto de o Homem ser um ser social permite que todos os dias existam momentos que possam contribuir para a sua aprendizagem e a sua evolução pessoal e profissional.

Durante o dia de hoje, assisti a uma formação sobre Cuidar com Humanitude. No regresso a casa, em conversa com meu marido, debatia o conceito de Humanitude, mas depressa comecei a divagar sobre três conceitos: Humanidade (referência à natureza humana, ao género humano ou ao conjunto de todas as pessoas do mundo.) , Humanitude (a filosofia dos cuidados de Humanitude enfatiza o valor da ligação relacional e fator humano ) e a Justiça Terapêutica (a Jurisprudência Terapêutica manifesta-se fundamentalmente nos diferentes métodos de resolução de conflitos interpessoais e sociais, e é alimentada, principalmente, pelo conhecimento da Psicologia Clínica, da Psicologia Legal e da Psiquiatria e da Lei. )

Eis que as dúvidas surge: são conceitos distintos? São conceitos que se interligam? São conceitos com o mesmo significado, mas definidos por diferentes áreas sociais?

Na verdade, quer a Humanitude quer a Justiça Terapêutica não sobrevivem sem a Humanidade. Assim, a primeira conclusão é que, independentemente da filosofia/corrente que possamos defender no nosso dia a dia, nenhuma se pode posicionar na esfera do sujeito sem a humanidade.

A segunda conclusão, é que apesar de acreditar no poder de Cuidar dos outros com Humanitude, sinto-me mais "contagiada" pela Justiça Terapêutica. O seu principal objetivo é promover o desenvolvimento de leis, procedimentos e papéis jurídicos que contribuam para o bem-estar emocional e psicológico dos atores envolvidos. Ou seja, que a Lei e a sua aplicação são uma oportunidade para a cidadania, mas especialmente para os actores da Justiça, tanto para os réus como para aqueles que exigem; tanto para as vítimas quanto para os agressores.

Ou seja, o campo de aplicação da Justiça Terapêutica, no meu entendimento, aplica na plenitude o conceito Ubi societas, ibi jus (onde há sociedade, há Direito). Portanto, a necessidade intrínseca de coordenação humana para regulação de conflitos de interesses, colaboração e entreajuda. Assim o Direito corresponderá a um sistema de regras que disciplinam comportamentos em sociedade e é essa sociedade que cuida da sua aplicação, impondo sanções caso não haja adesão espontânea dos indivíduos

Em suma, já afirmava Aristóteles que o Homem, para viver isolado, só se for um bruto ou um Deus logo a humanidade para atender à satisfação das suas necessidades e conseguir os fins pretendidos, recorre ao Direito e devia recorrer com maior frequência à Justiça Terapêutica.

Bj Utópico
Dri

sexta-feira, 2 de março de 2018

Ser Rainha do meu silêncio.....

00:15: Terminei o trabalho por hoje. Olhei para o relógio, tirei os phones dos ouvidos e descobri que o silêncio reina no meu reino.
 
Antes de fechar os códigos e desligar o computador, encostei-me na cadeira e divaguei sobre o som do silêncio. A primeira associação que a minha mente fez, foi a música com que Maria Guinot concorreu ao Festival de Canção: Silêncio e tanta Gente.  Talvez a escolha do primeiro pensamento tenha sido influenciada pelas múltiplas notícias sobre o Festival da Canção, os plágios, a qualidade das músicas, a escolha dos compositores........ Alias, já ouvi as músicas que estão escolhidas para a final mas nenhuma arrepia o corpo como a música de Salvador Sobral.
 
Depois voei até William Shakespeare  que escreveu: " É melhor ser rei do teu silêncio do que escravo das tuas palavras. " pois, na verdade é o meu reino que está mergulhado no silencio.
 
Mas a velocidade de um carro na rua, fez-me acordar da minha divagação que já seguia por Rogers e a escuta activa.....
 
A verdade é que o silencio impera.... Mas eu prefiro as horas em que o meu reino esta mergulhado em histórias, em músicas, em conversas ou mesmo na música que é processo da nossa vida. Esse processo que uns dias é uma bossa nova, uns dias um fado ou outros dias em que é uma dança oriental.
Imagem relacionada

 
Bj utópico
Dri 

Os jantares de Natal....

Há jantares de Natal que começam no calendário em Novembro. Ontem foi um deles. Na verdade, os membros deste jantar chegaram à minha vida se...