"O capitalismo tirou-me a virgindade.."
Após as minhas aulas na Ordem, fui com umas amigas dar uma volta pela famosa Rua de Santa Catarina. Quando para meu espanto, e delas também, me deparo com o seguinte mural na porta ao lado da Benetton :" o capitalismo tirou-me a virgindade..."
Já ouvi falar mal do capitalismo mas nunca esperei na vida encontrar no capitalismo a culpa para o fim da virgindade de alguém. Claro que a leitura da frase teve como consequencia: uma gargalhada generalizada e a fuga para assuntos de leito.
O Porto, para quem não conhece, ate tem alguns murais interessantes e com uma mensagem mas este sem duvida que é desprovido dela. Entendo que devem existir murais e sou mesmo a favor da existencia de um sitio proprio para os artistas exporem as suas mensagens. Contudo tambem entendo que deve ser uma mensagem com utilidade, com significado e que tenham como fim alertar as pessoas para determinado fim. Porque não um mural sobre as empresas que decidem fechar a dias do natal? ou sobre a falta de politicas sociais do governo? ou sobre a juventude esquecida pelo secretario de estado da juventude e do desporto?
Temas não iriam faltar se se organizassem um concurso de murais e nenhum seria uma utopia.
bj utopico
Dri
Comentários
Mas para não haverem terriveis más interpretações direi apenas duas coisas.
Esse mural dá uma explicação,entre muitas possiveis para a razão porque há tanta gente a querer ser capitalista...
Tenho as maiores dúvidas sobre esses murais pela simples razão de ainda acreditar que a minha liberdade acaba onde começa a dos outros.
E normalmente esses murais são uma verdadeira agressao paisagistica.
Sem prejuizo de serem,alguns deles,bem engraçados.
Mas concordo inteiramente com as tuas palavras Dri, deve haver um lugar para exibir a arte de pintar ou deixar mensagens em murais com algum conteúdo. E punir aquelas assinaturas estranhas de artistas, que só fazem é marcar território, como os meus cachorros fazem no jardim, e nada transmitem, a não ser falta de respeito pela res publica e vandalismo.