Esta semana, uma imagem roubou os holofotes num concerto dos Coldplay em Boston. A kiss cam, usada para mostrar casais apaixonados, expôs uma traição ao vivo, num mar de pessoas e luzes. Estavam abraçados, sorrindo, sem perceber que estavam a ser filmados. O momento que devia ser íntimo tornou-se público, mesmo viral. Originando mesmo que um dos atores se tenha demitido por ser CEO de uma empresa americana .
E hoje, como se o universo gostasse de repetir cenas com outros atores, vi um encontro breve na praceta atrás da minha casa. Dois corpos, dois sorrisos contidos, um abraço longo como quem carrega saudade e urgência ao mesmo tempo. Durou pouco. Depois, cada um seguiu para um lado diferente.
O verão aquece a pele e promete liberdade, mas também traz verdades incómodas. Nem sempre o amor aparece com alianças ou promessas claras. Às vezes, o amor está escondido num concerto, noutras vezes numa praceta por quinze minutos roubados de uma tarde de sábado.
E a traição, afinal, é sempre mais sobre o que falta do que sobre o que sobra.
Bj utopico
Dri
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