
Suba para a cadeira e comece a contar....
bj utopico
Dri
"Sem a loucura que é o homem mais que a besta sadia um cadáver adiado que procria" (Fernando Pessoa)
Baptizados ou não baptizados, todos vão ser afectados pela decisão papal ontem tornada pública. Bento XVI comunicou à comunidade católica que os casamentos entre católicos e não católicos não são considerados válidos. O Santíssimo Padre decidiu alterar o Código de Direito Canónico e apertou o cerco aos menos ortodoxos dentro da Igreja Católica. Mas não foi apenas o sacramento do casamento que sofreu alterações. No documento papal, Bento XVI altera ainda os artigos 1008 e 1009, impedindo os diáconos - homens ao serviço da Igreja, alguns deles casados - de substituir o padre nas suas funções.O alterado artigo 1124 estabelece que "é inválido o matrimónio entre duas pessoas, uma das quais baptizada pela Igreja Católica ou nela integrada e outra que não seja baptizada". Ou seja, católicos e não católicos deixam de poder casar-se pela Igreja. Fica por esclarecer se os casamentos celebrados antes desta alteração são abrangidos pelas novas regras - ou seja, se deixam de ser reconhecidos todos os matrimónios celebrados entre baptizados e não baptizados ou com pessoas de outras religiões. Também os baptizados que hoje professem outros credos são afectados pela alteração. O casamento "entre duas pessoas baptizadas, uma das quais baptizada pela Igreja Católica ou nela acolhida através do baptismo, e a outra integrada numa comunidade eclesiástica que não está em plena comunhão com a Igreja Católica não pode celebrar-se sem a autorização expressa de uma autoridade competente"
Sou sincera foi com grande desilusao que li a noticia. A fé dos homens não devia ser impedido a realizaçao pessoal de um casal...
bj utopico
dri
Se vivesse em Copenhaga, nesta hora de escuridão ia sentir solidão. Mas concordo com estas iniciativas... Temos de contribuir todos para travar este processo ou pelo menos reduzi-lo.
bj utopico
Dri
Concordo plenamente com os decanos da assembleia, é triste a assembleia viver numa palhaçada....
bj utopico
Dri
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!"
bj utopico
Dri
A partir de hoje o Metro do Porto torna disponível um serviço de apoio a invisuais e amblíopes, uma ferramenta que permite aos invisuais serem conduzidos na escolha do bilhete, validação e encaminhamento no interior da estação.
O serviço denominado por NAVMETRO permite também obter informação genérica sobre o Metro: linhas, horários e títulos/bilhetes.
Desenvolvido pelo Metro do Porto, em conjunto com a FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) e com a colaboração da ACAPO (Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal), o NAVMETRO «resulta de meses de investigação e desenvolvimento e do profundo trabalho de uma equipa de técnicos, investigadores e académicos».
Excelente iniciativa....
bj utopico
Dri
E esta hein? Conhecem alguem que esteja interessado em brincar aos castelos e comprar este?
bj utopico
Dri
Um amigo deste mundo utopico, envio-me este poema de Guerra Junqueiro. Não resisto a partilhar convosco, esta realidade do nosso país descrita há tantos anos por este escritor. Obrigada Freitas Pereira pela sugestão!
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio,
fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora,
aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias,
sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice,
pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas;
um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai;
um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom,
e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que
um lampejo misterioso da alma nacional,
reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula,
não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha,
sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima,
descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas,
capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação,
da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo;
este criado de quarto do moderador; e este, finalmente,
tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
A justiça ao arbítrio da Política,
torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções,
incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos,
iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero,
e não se malgando e fundindo, apesar disso,
pela razão que alguém deu no parlamento,
de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."
Guerra Junqueiro, 1896.
bj utopicoHá cerca de dois anos um conjunto de companheiros fundou no Porto, um movimento cívico de discussão de ideias e propostas, dando assim corpo à constituição do “Porto Laranja” como forma de intervenção activa, quer no seio do PSD, quer na Sociedade Portuense em geral, como um contributo válido de participação e debate.Este movimento é um espaço livre, de intervenção, reflexão e de afirmação de valores e ideias.Queremos um PSD mais forte, exemplarmente democrático e representativo dentro do seu interior, para que também o possa ser face ao seu exterior. Os militantes têm de ter a certeza de que a sua intervenção tem sentido útil. Um partido dinâmico não pode estar “enquistado”, não podem ser sempre os “mesmos”.
"Todos os dias, Deus nos dá um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. O instante mágico é o momento em que um 'sim' ou um 'não' pode mudar toda a nossa existência. "
Mahatma Gandhi
Levantam-se vozes, incluindo a do Bispo do Porto, a reclamar que se referende o casamento homossexual. Não faltará quem reclame contra mais esta intromissão da Igreja na vida política. Sem razão, porém, neste caso. O casamento é uma figura que, no nosso país, teve e tem uma influência religiosa evidente, quanto mais não seja na atribuição de efeitos civis ao casamento católico, idênticos aos do casamento civil. Esta equiparação não tem levantado problemas de maior, na medida em que o conceito de casamento é o mesmo, nos seus elementos essenciais, no Direito Canónico e no Direito Civil português. Um desses elementos essenciais (que remonta, também, ao próprio Direito Romano, de que o nosso Direito é igualmente tributário) é, precisamente, o tratar-se de um contrato ou de uma união entre um homem e uma mulher. Assim, independentemente da questão da alegada discriminação, a permissão de casamentos entre pessoas do mesmo sexo romperá com aquela identidade conceptual, provocando problemas novos.reconhecida a possibilidade de casamento entre pessoas do mesmo sexo, poderá o Direito Civil continuar a atribuir ao casamento católico os mesmos efeitos do casamento civil, sabendo que o primeiro continuará a ser, por definição, uma união entre duas pessoas de sexo diferente? Penso que a resposta terá de ser negativa. Uma revisão consequente da lei nesta matéria deverá implicar a eliminação (para futuro, bem entendido) das normas que atribuem ao casamento católico quaisquer efeitos civis, na medida em que, embora com o mesmo nome, casamento civil e casamento católico passarão a ser figuras radicalmente distintas. A não ser assim, a Igreja terá toda a legitimidade para continuar a opor-se à alteração da lei.
Por outro lado, o exemplo do referendo (revogatório) no Maine, aqui referido pela Helena Matos, deve fazer reflectir quer os defensores da lei actual, quer os da sua alteração. Uma vez admitido o casamento entre pessoas do mesmo sexo, tal admissão passará a ser irreversível, pelo menos a partir do momento em que se celebre o primeiro casamento nestas circunstâncias. Caso contrário seríamos colocados numa situação ainda mais absurda do que a tentada por Franco, de revogar, com efeitos retroactivos, uma Lei da primeira República espanhola que viera permitir o divórcio (que implicaria que os divorciados voltassem a considerar-se casados, eventualmente duas ou mais pessoas). No caso, seria inaceitável aplicar retroactivamente nova alteração da lei, tal como seria inaceitável que, havendo já pessoas do mesmo sexo casadas entre si, outras o não pudessem fazer. Alterar a lei trará, por isso, mais questões do que a eliminação da “discriminação em função da orientação sexual” (que, no rigor literal da norma, não existe ou não é evidente, já que a lei não proíbe o casamento de homossexuais, havendo-os, até em grande número, casados), questões novas que convém ponderar bem, dada a referida irreversibilidade.
Hoje encontrei este texto no blogue blasfemias sobre o casamento homossexual. Sou a favor deste e ao contrario do que e dito não entendo o porque de a igreja se meter ao barulho.
E voces?
bj utopico
Dri
Estava a ver uns vídeos no YouTube, quando comecei a pensar : será que os nossos adolescentes estão mesmo a aprender política nas escolas ou...